Teu
rosto, no meu rosto, descansado,
Meu
corpo, no teu corpo, adormecido,
Bater
de asas, tão longe, noutro tempo,
Sem
relógio nem espaço proibido.
Oh,
que atónitos olhos nos contemplam,
Nos
sorriem e nos dizem: Sossegai!
Românticos
amantes, viajantes eternos,
Olham
por nós na hora que se esvai!
Que
música de prados e de fontes!
Que
riso de águas vem para nos levar?
Meu
rosto, no teu rosto de horizontes,
Meu
corpo, no teu corpo, a flutuar.
NATÉRCIA FREIRE (1919)
Antologia Poética
Tanta ternura...adorei!
ResponderEliminar