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Faixa Sonora

sábado, 20 de julho de 2013

INCONSTÂNCIA


 Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer…
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando…

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também… nem eu sei quando…


(Florbela Espanca)

1 comentário:

  1. Olá querido Mario. Lindo este poema de Florbela Espanca. Odoro a sua poesia e tenho até algum fascinio sobre a vida desta mulher.Tão inteligente e tão ousada para a época. Morreu muito nova, mas deixou muita coisa escrita para nos deliciar. Bela escolha. Sabes que tens sido o único visitante do meu blogue, e, sinto-me bem assim. és um grande amigo. Não me vou esquecer nunca de ti. Estás no meu coração como um dos melhores amigos: Mesmo não te conhecendo pessoalmente, já te disse que sinto uma grande empatia por ti...Deixo para ti todo o meu carinho num forte abraço. Feliz domingo:)

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