A
mulher que por mim passou na rua, há pouco,
foi
uma coisa diáfana, gentil,
cedo,
a pairar
na
sombra dum jardim
com
flores, em baixo, ajoelhadas,
ao
senti-la na altura,
e
mandando-lhe o aroma em lágrimas, desfeito,
para
mantê-la em uma nuvem branca…
Mulher,
coisa diáfana, vaga e bela, sem desenho,
logo
fluido animando o colo duma nuvem,
nuvem,
num ápice, trucidada pelo vento!
EDMUNDO BETTENCOURT
(1899-1973)
Poemas
de Edmundo Bettencourt
..,mulher nuvem...mulher...
ResponderEliminarLindo!!!!